Motivo 3: a versão da música é a da Lily allen;
Motivo 4: não menos importante, ou melhor, mais importante - a história do livro será contada com dois universos, sendo o do livro feito em madeira. Sério, me apaixonei pela ideia! *.*
O circo que vai
o circo que volta
aprende no caminho
que quem vive sozinho
tão triste se encontra
pois não há picadeiro
que sirva de palco
pra vida medíocre
de um simples palhaço
ridicularizado por ser
ou não ser, só fingir ser
alegre e feliz
e gostar de viver.
Mas um dia a hora chega
e mesmo havendo esperança
o palhaço se entrega
e espalha por terra
migalhas de risos
e água de lágrimas,
sem ninguém avisar,
sorrateiramente.
Deixa que vai
o circo que volta
e segue seu caminho
deixando o palhaço,
seguindo sozinho.
Passos
passam
pessoas
perdidas
possessas
por onde
quiser
Arranhos
no céu
estranhos
na terra
correndo
por onde
quiser
A pressa
domina
viola
na esquina
ecoando
por onde
quiser
Na cidade
do caos
do amor
e do medo
vivendo
por onde
quiser
Errantes
sem sapatos
de saltos
ou chinelos
querendo viver
por onde
quiser.
Contarei até cem
cada ano que se passar
e não tiver você aqui
Se por acaso então chegar
ao centésimo pesar
posso encerrar ou ser feliz
Como se houvesse escolha
viveria até o último segundo
conservando o meu coração
Aprenderia então a viver
pois quem não aprenderia
com 100 anos de solidão?
Incomum,
que ainda não nasceu;
e que procura
e ainda não encontrou;
quem se perde
no que não morreu
mas que busca,
no que não aconteceu,
o que queria, de fato,
que tivesse acontecido.
Teu riso é como a rosa
que instiga pela beleza
Tem aroma que me agrada
Tem romance com clareza
Tem perigo disfarçado
em corpo inteiro, ou em pedaços.
E teu aroma, convidativo,
faz sentir-me ao vê-la, abraçado.
Confusão,
muita confusão,
diga-se de passagem.
Frio e chuva,
cachoeira e brasileiros
prosseguindo em viagem.
Medo assíduo,
estranhas criaturas
de olhos azuis e sem pupila.
Sim, assustam,
sem nem enxergar,
o humano que basta respirar
para que, então,
sintam sua presença
e enfim possam atacar,
não lembro como,
pois de tanto de medo,
não tenho como lembrar.
Mas foi cômico,
um tanto quanto bizarro,
me agarrei em meus amigos,
nos escondemos,
nos abraçamos, sem esperança
ficamos. E aí eu acordei.
Quero dizer, minha senhora
Que você não vai me entender
Passo rápido, sem delongas
Quem sabe alguém entreter
Não se poupe, ou se esconda
Nem em cadeira precisa subir
Sou bonzinho, muito inocente
Só quero o meu queijo conseguir
E o gato - deixe o gato!
Ele não vai me alcançar!
Sou esperto, eu me estico,
e corro muito sem me cansar
Quero apenas, minha senhora,
que não se acanhe em me adotar
essa fugacidade em mim devora
a vontade de te conquistar!
- Oi, bom dia - disse o rapaz.
Me encantei com sua beleza. Pura, serena e curiosa. Espero encontrá-la novamente. E que seus cachinhos dourados permaneçam iluminando seu rosto e que você passa a ocupar seu lugar na ponta dos pelos do coelho.Seguiu sem suspense.
Um sorriso e um abraço
Expressando e exaltando, no calor desse momento,
De meu amor cada pedaço
Um medo, dois sonhos, três desejos.
Palavras ao vento, borboletas no estômago,
exprimindo em mim todo o sentimento
imensurável, afagado no âmago,
De perder e não conseguir aprender;
De ganhar e não conseguir manter;
De conquistar e não conseguir me conter;
De não conseguir te fazer feliz.
E seguir, sozinha, arrependida de não ter vivido.
Perdida na falta de tolerância,
enquanto há importância maior no que se vê,
desiludo-me com toda essa ganância.
Eu já morei com o desaforo
e engoli muitos pepinos.
Engasguei com expressões inauditas.
Tenho papas na língua
e meus cotovelos são mudos.
Me expressei comigo escondida.
Sou assim meio sozinha
e ouço apenas, nunca falo.
Transbordei-me com a minha escrita.
Esvaziei-me quando sorri
ou quando chorei para mim mesmo.
Completei-me de palavras contidas.
Eu sussurrei com o meu canto
e os meus gritos foram silenciosos.
Cresci e vivi assim, tão reprimida.
Sentada na balança
Pensativa por ser e estar
ou até mesmo desacreditar
na sociedade ao seu redor
De pé uma criança
Cansada de apenas brincar
à procura sem encontrar
respostas por seu clamor
E não adianta reclamar, ela não vai crescer
Se jamais aceitar que é impossível total entendimento
da vida, do universo e tudo o mais
Mas se questionar, pode sim sempre aprender
E como a Sophia quando correu atrás do conhecimento
verá que sapiência nunca é demais
Sertão
Que abriga o amor
Que me traz saudade
Do que ainda não conheci
Da sofrida infância
Da mãe trabalhadora
E dos avós batalhadores
Sertão
Que faz muito calor
Que me traz tranquilidade
Da horta que alimenta
Na chuva tão esperada
Ou do café no fim de tarde
na casa da vó.
Palavras imensas que drenam a alma
transformando vidas contando o que sobrou
Da guerra estreada com a fé que restou,
no estopim, enfraquecendo a calma
Seus pesares são tão leves quanto o ar
Tristeza tão grande que a falta nelas gerou
São amores verdadeiros que o destino levou
Esperança perdida e procurada no mar
Essas mulheres que temem o passado
Vivem sonhando por paz no futuro
E poder colocar em dia o carinho atrasado
O oceano agora carrega o sussurro
Daquela que agora é apenas afeto desejado
e que dorme em lágrimas num sono inseguro.
O tempo que foi agora
Não volta outra hora
Perdeu-se no espaço
Ou no vazio sem dimensão
Ficaram apenas lembranças
Agradáveis ou não
Para que crescesse, enfim
O escritor que há em mim
Criança
Da luz o sorriso, matéria que alegra
Carisma que se prende na inocência que inspira
Se forma tão lenta, tão rápida se cria
Quando dá-se conta de sua existência
Sofre calada por não ter pedido para existir
E se sentir criança
Infância
No tempo perdido, o espaço sagrado
Raízes se soltam no amadurecimento que intriga
Se dança no escuro, tão claro suplica
Para que o instante congele e mantenha
Sempre cravada na vida em memória
A vivência de infância.
Não sou Bandeira para descrever-te, maçã.
Julgo humildemente meu eu, tento calmamente me superar.
Estimulo meu devaneio ao fim de tarde com o teu cheiro
Para que de ti, sozinha, eu possa me alimentar
Na solidão, que então a minha noite comece
Desipnotizando-me e permitindo-me levantar
E num pistar de olhos, salgadamente lacrimejo
Na ansiedade de meu desejo saciar.
Querida maçã, estou chegando.
O céu não se define em cor
Na vida de quem a vida colore
Mesmo que pouco em mim escore
É de muito fazer sonhar
Marte ou Saturno fazem brilhar
O meu zênite, ou meu teto,
Fazem querer com todo afeto
Iluminar o meu caminho
Se aproxima com carinho,
Deslumbrante céu de Inverno
Cor de Antares pego terno
E pinto a vida com amor
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Essa imagem é a cada do blog M de Marcela, não acham? xD |
Eu canto porque o instante existe, e minha vida está completa.