O meu Deserto (#PHPoemaDay - Dia 29)
domingo, agosto 10, 2014
Sem contar, a infinidade do tudo me traz um vazio tão grande quanto a ausência de coisas existentes no nada. Contando, eu não consigo chegar a nenhuma conclusão. A imensidão da vida, a incerteza da origem da existência dela mesma, corrói os meus mais ínfimos pensamentos. Entretanto, o café quentinho, forte o suficiente para instigar a energia e minha criatividade, trazem ilusórias lembranças - coisas que nem aconteceram - revelando bons enredos para alguns livros. Uma pena eu não ser um escritor! Seria interessante refletir sobre a origem de tudo - partindo do pressuposto de que o tudo existe - e relatar isso à humanidade. Claramente muitos já o fizeram, mas quando partimos do mesmo zero podemos concluir alguns pequeníssimos detalhes diferentes que antes não foram pensados. Se bem que, escritor ou não, sou humano e pensador, já reflito tudo isso e cada vez mais me sinto ignorante nesse universo, nessa vida. Na verdade, alguns pensamentos vazios se misturam com conteúdos interessantes, porém indecifráveis por si só, formando uma confusão praticamente homogênea. Que faço eu, eu mesmo?
Questionar a quantidade de sais ou grãos de areia em um deserto, ou tentar ao menos separar os dois, é tarefa para quem preocupa-se com algumas coisas que outras pessoas consideram inútil. O que seria inútil? A busca pelas questões não óbvias ou curiosidades sobre a origem de algo, ou buscar pelo sucesso pessoal que traz admiração externa e fanáticos oportunistas? Acredito não existir resposta certa para essa questão, já que vivências e criação influenciam nas nossas decisões, mas onde encaixamos a razão e o bom senso, segundo Kant? Eu não sei, realmente, o que eu posso fazer para saciar essa angústia, essa dúvida sobre mim mesmo, sobre aqueles que amo e sobre a natureza que venero e abriga meu erros e tropeços. Eu me olho no espelho, vejo uma imagem um pouco diferente de ontem, um pouco igual, um tanto comum. Porém não reconheço, depois de cada tombo ou andar elevado, a mesma pessoa, os mesmos pensamentos. Dói, mas constrói o meu presente que sonha com meu futuro, mesmo que, de fora, pareça um vazio em busca de respostas para as questões mais bizarras - ou mais inconvenientes. Como poder matar a sede que sinto como se estivesse vivido a vida inteira em um deserto? Há um deserto dentro de mim esperando uma chuva de explicações no calor do meu momento e na frieza da minha alma.
[Esse post faz parte do desafio #PHPoemaday. Para ver os outros textos do desafio, clique aqui.]
Questionar a quantidade de sais ou grãos de areia em um deserto, ou tentar ao menos separar os dois, é tarefa para quem preocupa-se com algumas coisas que outras pessoas consideram inútil. O que seria inútil? A busca pelas questões não óbvias ou curiosidades sobre a origem de algo, ou buscar pelo sucesso pessoal que traz admiração externa e fanáticos oportunistas? Acredito não existir resposta certa para essa questão, já que vivências e criação influenciam nas nossas decisões, mas onde encaixamos a razão e o bom senso, segundo Kant? Eu não sei, realmente, o que eu posso fazer para saciar essa angústia, essa dúvida sobre mim mesmo, sobre aqueles que amo e sobre a natureza que venero e abriga meu erros e tropeços. Eu me olho no espelho, vejo uma imagem um pouco diferente de ontem, um pouco igual, um tanto comum. Porém não reconheço, depois de cada tombo ou andar elevado, a mesma pessoa, os mesmos pensamentos. Dói, mas constrói o meu presente que sonha com meu futuro, mesmo que, de fora, pareça um vazio em busca de respostas para as questões mais bizarras - ou mais inconvenientes. Como poder matar a sede que sinto como se estivesse vivido a vida inteira em um deserto? Há um deserto dentro de mim esperando uma chuva de explicações no calor do meu momento e na frieza da minha alma.
Tema 29: O Deserto.
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