12 de junho de 2014 (#PHPoemaday - Dia 12)
domingo, julho 06, 2014
João ficou em casa. Sua presidente decretou feriado nacional, afinal, naquele dia começaria a copa do mundo e sua cidade seria sede da abertura. Acordou cedo, como de costume, pois morava em um simples condomínio com as crianças mais ativas e espertas que já conheceu, ainda mais em dia de jogo da seleção brasileira. Não tinha muita escolha, levantou-se de sua cama, abriu todas as janelas e deixou o clima entrar. Desde sempre gostara de futebol, mas agora, mais do que nunca, sentia um misto de medo, desespero, ansiedade e raiva de tudo o que estava acontecendo. Começou o dia tentando, "quem sabe eu não me anime", pensou.
Maria não teve tanta sorte. Também levantou cedo como de costume, mas isso só porque seus clientes não estavam de folga, então teria sim que estar de prontidão. Se o telefone do escritório tocasse, muito perderia financeiramente, pouco de coragem teria de arriscar assim. Ela não estava muito contente com a situação de seu país, por isso, todo o alvoroço existente nas pessoas em um dia como aquele era praticamente inexistente nela. Fora trabalhar de preto, era esse o reflexo do seu humor, mas tinha esperança de que ao chegar em casa, algo tivesse mudado. E trocaria de roupa.
O avanço do dia para eles não foi muito diferente do alcançado por outras famílias. João recebeu os parentes com o sorriso mostrando os dentes que amarelo estavam de tanto café. Seu vício nocivo o fazia permanecer de pé e querer seguir durante aquele dia. O que mais queria? Talvez um sonho intenso, um raio vívido de amor em que nenhum setor social fosse ignorado e desprezado. Maria, por sua vez, ficou até o último segundo no seu carma e seu cotidiano, incomodando-se com o amarelo em primeiro plano. Destacava-se com sua vestimenta, então correu para casa refletindo o porquê de sua mente tormenta ao som do mar e à luz do céu profundo. Estava um pouco mais animada, mais ainda continuava desiludida.
Ao verem seus familiares, e a consequente festa que faziam, ambos por metade se renderam. João colaborou, cozinhou e calorosamente agradou suas visitas e foi a companhia que esperavam que ele fosse. Maria vestiu a camisa, abriu o sorriso e esqueceu das obrigações cotidianas, abraçando sua família transbordava simpatia. Maria e João comemoraram o resultado de 3x1, mas sentiam que seus comportamentos eram grandemente inadequados. João e Maria sofriam por dentro, pois se consideravam traindo uma nação por fazerem algo que não era nada de errado e, assim, se sentiram injustiçados.
No fim do dia, a imagem do Cruzeiro resplandeceu, e os dois terminaram o seu dia vivido estranhamente. Tão separados pela gigante natureza, mas tão conectados por enormes sentimentos: o de ser brasileiro, e o de viver e enxergar intensamente o drama brasileiro.
[Esse post faz parte do desafio #PHPoemaday. Para ver os outros textos do desafio, clique aqui.]
O avanço do dia para eles não foi muito diferente do alcançado por outras famílias. João recebeu os parentes com o sorriso mostrando os dentes que amarelo estavam de tanto café. Seu vício nocivo o fazia permanecer de pé e querer seguir durante aquele dia. O que mais queria? Talvez um sonho intenso, um raio vívido de amor em que nenhum setor social fosse ignorado e desprezado. Maria, por sua vez, ficou até o último segundo no seu carma e seu cotidiano, incomodando-se com o amarelo em primeiro plano. Destacava-se com sua vestimenta, então correu para casa refletindo o porquê de sua mente tormenta ao som do mar e à luz do céu profundo. Estava um pouco mais animada, mais ainda continuava desiludida.
Ao verem seus familiares, e a consequente festa que faziam, ambos por metade se renderam. João colaborou, cozinhou e calorosamente agradou suas visitas e foi a companhia que esperavam que ele fosse. Maria vestiu a camisa, abriu o sorriso e esqueceu das obrigações cotidianas, abraçando sua família transbordava simpatia. Maria e João comemoraram o resultado de 3x1, mas sentiam que seus comportamentos eram grandemente inadequados. João e Maria sofriam por dentro, pois se consideravam traindo uma nação por fazerem algo que não era nada de errado e, assim, se sentiram injustiçados.
No fim do dia, a imagem do Cruzeiro resplandeceu, e os dois terminaram o seu dia vivido estranhamente. Tão separados pela gigante natureza, mas tão conectados por enormes sentimentos: o de ser brasileiro, e o de viver e enxergar intensamente o drama brasileiro.
Tema 12: Inspirado em uma música.
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